Economia Colaborativa: o que esse novo modelo exigirá das lideranças no futuro?

Há um inegável movimento em curso na forma como as pessoas trabalham, se locomovem, se relacionam com a alimentação e o ambiente em seu entorno. Isso possui impacto direto, naturalmente, no consumo. É a ascensão da chamada economia colaborativa que, embora tenha iniciado tímida no Brasil, agora vive seu apogeu.

A economia colaborativa faz nascer novos modelos de negócios, ressignifica a forma como consumidores enxergam as empresas e exige um novo mindset profissional tanto para colaboradores que atuam nesse tipo de organização, quanto para líderes corporativos de forma geral. Afinal, seu impacto abrange todos. Sem exceção.

Para compreender como sua carreira poderá ser influenciada pela economia colaborativa e quais competências profissionais serão essenciais nesse novo modelo, siga a leitura e explore os insights que reunimos nesta matéria.

economia colaborativa

Compreenda o conceito de economia colaborativa

A essência por trás da chamada “sharing economy”, termo cunhado originalmente em inglês, é a ideia de que bens de consumo e serviços sejam compartilhados. Tudo para que a utilização de recursos humanos e meios de produção ocorra de uma forma sustentável e consciente. Na contramão do consumismo exacerbado.

Não há melhor forma de ilustrar a economia colaborativa do que através de exemplos. Dados da Uber, divulgados pela Folha de São Paulo, sinalizam que o número de motoristas do aplicativo entre 2016 e 2017 saltou de 50 para 500 mil. Em relação ao número de usuários da plataforma, são mais de 17 milhões mensalmente ativos.

É o conceito de crescimento exponencial traduzido em realidade.

Outro case interessante se refere aos coworkings, ou seja, escritórios compartilhados. Dados do Censo Coworking 2018 mostraram um aumento de 47% no número de coworkings no Brasil entre 2017 e 2018. O salto foi de 810 para 1.194 em todos os municípios do país com mais de 150 mil habitantes.

A sociedade em rede é irrefreável. Os dados evidenciam que esse será o modelo de futuro. Mas qual será o impacto desse cenário para o mercado profissional, seus líderes e colaboradores? O tópico a seguir traz algumas ideias.

O que as empresas colaborativas vão exigir de seus líderes?

As organizações que ficarão conhecidas neste século serão reconhecidas pela inovação eficiente, sustentada, em grande escala. A chave dessa capacidade não é a lealdade à empresa nem a autonomia do agente livre; é, sim, uma forte comunidade colaborativa”, escreveram Charles Heckscher, Laurence Prusak e Paul Adler, em artigo publicado na Harvard Business Review Brasil.

As lideranças à frente da inovação, invariavelmente, terão de dominar competências como:

1)   Flexibilidade no diálogo

Companhias colaborativas são colaborativas em essência. Por isso, ainda que esteja numa posição de hierarquia, o líder deverá ter abertura ao diálogo, ouvir feedback dos colaboradores, estar aberto a ocupar uma posição de coautor nos processos.

2)   Coerência na ação de acordo com o propósito

Na era colaborativa, é essencial que as ações dos líderes estejam alinhadas ao propósito da companhia. As decisões não podem ser embasadas com foco apenas no lucro. Para isso, a liderança deve ser dada através do exemplo.

3)   Capacitação para aliar flexibilidade e disciplina

Em um modelo de negócio focado em desenvolver processos que permitam às pessoas trabalharem em um formato descentralizado e por meio de projetos flexíveis, o líder de sucesso será aquele capaz de equilibrar disciplina e maleabilidade. Para isso, a formação continuada será indispensável.

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